O Homem Que Plantava Árvores, de Jean Giono

 

«Quando pensamos que tudo aquilo brotara das mãos e da alma deste homem — sem quaisquer meios técnicos — compreendemos que os homens podem ser tão eficazes como Deus noutras áreas para além da destruição.»

Contada na primeira pessoa, o narrador trava conhecimento com um pastor solitário residente nos Alpes franceses, Elzéard Bouffier, que se dedicava a separar bolotas e a utilizá-las para plantar carvalhos, bétulas, áceres, faias, e assim promover a reflorestação de uma zona árida e inóspita daquela região.

Trata-se de um conto alegórico inspirado em factos reais e escrito no início da segunda metade do século XX por Jean Giono, um visionário, amante e defensor de causas ambientais.

Um livro de poucas páginas, com uma premissa simples, que carrega uma mensagem forte: a mudança, por mais pequena que seja, está ao alcance de todos/as e cada um/a pode contribuir para retardar, pelo menos, o avanço do agravamento das alterações climáticas e do impacto que estas vão e já estão a provocar na sociedade em geral.

É impossível não nos sentirmos inspirados/as pelo retrato de um homem simples que graças ao seu sentido de missão, paciência e perseverança foi capaz de restaurar um vasto ecossistema.

Alvo de adaptação cinematográfica, esta história recebeu em 1988 o óscar para melhor animação em curta-metragem.

Susana Barão

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