Erros de Português nunca mais, de Analita Santos

 

PORQUE ESCREVER BEM EM PORTUGUÊS IMPLICA CONHECER E SABER USAR A NOSSA LÍNGUA

São as palavras que nos aproximam ou afastam dos outros, por isso, é decisivo saber utilizá-las da forma mais apropriada possível. (p. 11)

Conteúdo e forma. Escrever é isso: preocuparmo-nos com o conteúdo, as ideias que pretendemos transmitir, ao mesmo tempo em que procurarmos a melhor forma de o fazer. Aquando da redação de um livro, devemos ter presente a quem nos dirigimos, isto é, definir muito bem o nosso público-alvo.

Em «Erros de Português nunca mais», a Analita Santos demonstra esse cuidado, desde a introdução, passando pelos seis capítulos que compõem este livro, até às últimas páginas (considerações finais).

Os capítulos um, dois e três dedicam-se à forma:

— No primeiro (e mais extenso), a autora apresenta, de A a Z, algumas subtilezas e erros comuns de quem fala e escreve em português padrão, tentando, em grande parte dos casos apresentados, ilustrar a correta utilização com trechos extraídos de obras literárias de autores ora lusófonos e/ou estrangeiros, ora clássicos e/ou contemporâneos; diria que este capítulo inova por abordar o erro pela positiva (uma posição com a qual me identifico);

— O segundo concentra-se na importância do recurso a sinónimos, de modo que se evite a repetição de palavras (acrescentaria: desde que o contexto assim o permita);

— O terceiro debruça-se sobre as regras de pontuação, em particular no uso da vírgula, que representa um grande desafio, mesmo para quem domina com maestria a arte da escrita.

Os capítulos quatro, cinco e seis centram-se no conteúdo:

— O quarto sugere dez dicas práticas para melhorar a nossa escrita, com referência aos advérbios de modo e aos clichés;

— O quinto detalha sobre aspetos relacionados com a escrita de ficção, como o fluxo de consciência (apreciei os exemplos) e os diálogos;

— Por fim, o sexto lista e comenta algumas ferramentas em linha disponíveis (sem esquecer as que recorrem a tecnologia de Inteligência Artificial); uma novidade em livros deste género.

Um bom livro de consulta rápida para aquele momento em que queremos escolher a palavra certa.

Susana Barão


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